sábado, 5 de junho de 2010


Quando a luz acaba em uma cidade longe de tudo, logo se deve olhar para o céu; ver as estrelas. Eu espero até que uma caia para que eu faça um pedido. Me lembrei que nunca consigo fazer o pedido a tempo. Ela cai muito rápido, gera uma excitação e acabo não conseguindo pensar em um dos muitos pedidos que tenho em minha cabeça. Hoje, eu tinha um pedido bem definido; estava bem certo do que eu queria no momento. Nenhuma estrela caiu. Mas eu me lembrei que tenho telefone. E que não precisaria de uma estrela cadente para ouvir a voz. A voz que eu queria ser louco o suficiente para ouvir sem que saia de uma boca. Espero a próxima estrela cair para que eu peça que essa voz se cale em um silêncio conveniente e confortável.

quarta-feira, 2 de junho de 2010


Ainda não tem o toque. Tem a imagem, tem a voz, tem as letras. Ainda não tem o toque.
Será o toque tão suave e intenso como a voz? Serão os toques expressivos como os movimentos que fazem a espessa sobrancelha?
Serão as carícias macias e inesquecíveis como a elegante escrita?
Não serão nada disso. Serão mais.

domingo, 30 de maio de 2010

E eu, que sempre penso frio, sempre com dois dos meus pés no chão, sinto um calor e uma vontade de ver o mar. Sinto vontade de me refrescar de um grande calor do corpo e de esquentar mais ainda o coração. Quero transformar meu coração em brasa, incandescente, até chegar o momento que o calor do coração chega ao corpo, em calafrios. Aí, só haverá calor.